terça-feira, 27 de julho de 2010

Satyros inova, mais uma vez, com “Hipóteses”





Antes mesmo de começar “Hipóteses para o amor e a verdade”, nova peça do grupo Satyros, já se nota que não será uma peça comum. Logo na entrada do espaço 1 dos satyros, localizado na Praça Roosevelt, o próprio diretor do grupo, Rodolfo García Vázquez, avisa para que todos os celulares fiquem ligados, sim isso mesmo, o que é comum em outras peças em “Hipóteses” é parte essencial do espetáculo.

O novo espetáculo dos satyros é todo baseado na vida de pessoas anônimas, moradores do centro de São Paulo. A partir dessa pesquisa foi criado o texto, desenvolvido por Ivam Cabral e por Rodolfo García Vazquez.

“Hipóteses” também fala da solidão do homem em meio às novas tecnologias como a internet, celulares, bate papo. Os atores interagem com platéia que enquanto assistem ao espetáculo podem atender seu celular livremente para que o contato virtual seja possível durante toda a peça.



O elenco além de contar com atores com e sem treinamento formal, fato que não compromete a peça, ainda conta com quatro transexuais que estão propositalmente incorporados no universo da peça. Phedra De Córdoba que sempre participa dos trabalhos dos Satyros também da às caras em “hipóteses”, alias umas das cenas mais bonitas da peça e protagonizada por ela que sem abrir a boca o espetáculo inteiro passa, através do olhar, toda dor e sofrimento de sua personagem.

Vale a pena conferir “hipóteses para o amor e a verdade” além de inovar, mais uma vez, em termos de texto, roteiro, direção, o trabalho do Satyros e sempre admirável.


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