segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Peça gay "Mambo Italiano" faz rir de caso sério


     O que você faria se descobrisse que seu filho é gay? Para muitos pais, mais moderninhos, não mudaria nada, mas como reagiria uma tradicional família italiana? Esse é o principal assunto abordado na ótima comédia "Mambo italiano". O texto teatral escrito  em 2000 por Stevie Galluccio, autor e roteirista canadense. A peça conta a história de Ângelo, roteirista de TV, que resolve  se assumir como gay em plena família italiana, revelando que tem um relacionamento com Nino, seu amigo de infância que também é de origem italiana. O texto mostra essa situação tão típica e ao mesmo tempo séria não só com doses de humor, mas também com passagens dramáticas.

     
      A primeira reação dos pais de Ângelo e quererem que o filho vá se tratar dessa "doença", eles se perguntam aonde erraram para que o filho virasse um homossexual, é claro que tudo isso e dito de forma leve e bem humorada, mas mesmo rindo o público sai com uma grande lição de moral que a peça dá. O filho até tenta mostrar que ele e seu namorado são "normais" para os pais, mas mesmo assim eles não entendem a situação e acabam pondo um fim no romance do filho, contando para a mãe do rapaz, que acaba convencendo o filho a arrumar uma namorada. 

        Triste e sozinho o jovem Ângelo segue sua vida. Arrependido de ter contado a verdade, agora ele está sem o apoio da família e sem o namorado. Mas aos poucos os pais percebem que o amor pelo filho é maior e decidem apoiá-lo do jeito que ele é. "Mambo italiano" é uma comedia leve e bem humorada e o elenco mostra que está afiadíssimo. 


    A direção é de Clarice Abujamra e no elenco estão, Javert Monteiro, Lilian Blanc, Luciano Andrey, Lara Córdula, Patricia Gordo, Fábio Cadôr, Carla Fioroni e ainda conta com Jussara Freire  fazendo a "mama" italiana, que por sinal está ótima no papel, e sempre bom ver um ótima atriz no palco, melhor ainda numa ótima comedia.



Filme mostra a origem do super-herói americano e prepara o público para "Os vingadores"

      
     Quem disse que para se tornar o maior super-herói americano precisa ser forte, ter poderes super especiais e até voar? Nada disso serve para o Capitão América, pelo menos até se tornar um super herói , o mocinho Steve Rogers (Chris Evans) passou por maus bocados. Com um corpo franzino, pouca força e pesando apenas 40 quilos, mas com muita força de vontade ele consegue, depois de várias tentativas, realizar seu grande sonho,  entrar para o exercito, numa época em que seu país mais precisava, uma guerra se aproximava e quanto mais homens preparados melhor.


     Os efeitos visuais usados para diminuir Evans, que ganhou 15 quilos de músculos para fazer o papel, são impressionantes, lembra um pouco "O curioso caso de Bajamin Button", e deixam o espectador pelo menos nos primeiros minutos se perguntando se foi usado um dublê ou não, segundo o diretor Joe Jonhston a resposta é não. são só truques de câmera. Merecem uma maior atenção também o figurinos de época, perfeitos, além da ambientação quase sépia, tudo isso contribui para o clima retrô do filme.

A super transformação de Chris Evans

     Já no exercito o mocinho encontra grandes dificuldades de fazer as provas de resistência e sempre acaba sendo alvo de piadas entres seu colegas, mas toda essa vontade de defender sua pátria a qualquer custo desperta a curiosidade do cientista Dr Erskine ( Stanley Tucci) que trabalha para o exército desenvolvendo um programa que promete criar um "supersoldado". Ele convida o jovem soldado para uma experiência e é claro que ele aceita sem pestanejar.


    O cientista então consegue realizar sua grande experiência, criar um supersoldado capaz de lutar contra o terrível vilão, chamado Schmidt (Hugo Weaving) ele tem uma força sobre natural e pretende acabar com seus inimigos através de uma bomba que tem poderes devastadores. É claro que ele não contava com o Capitão América vai tentar impedir de todas as formas que o vilão realize seus planos. 

o vilão Caveira vermelha
      O filme tem várias cenas de ação muito bem feitas e que e não fogem da realidade, com em outros filmes. Para dar um clima de romance ainda tem a mocinha Peggy Carter (Hayley Atwell), agente britânica das froças armadas americana que acaba se apaixonando por Rogers ainda magrelo. O longa também tem algumas pitadas de humor que ficam por conta, na maioria das vezes, do coronel Phillips (Tommy Lee Jones).

   Capitão América: O primeiro vingador, chega como o melhor da série os vingadores, até agora, e no finalzinho, o filme ainda prepara o espectador para a que promete ser a maior aventura da Marvel para 2012: Os vingadores.




Assista o trailer do filme...





    


segunda-feira, 8 de agosto de 2011

"Fragmentos do Desejo" fala muito sem dizer uma única palavra


   
  O título pode parecer estranho mas é a mais pura tradução da peça "Fragmentos do desejo" da Cia. dos à deux, a peça, sem nenhuma fala sequer, diz tudo apenas através do simbolismo. Olhares, murmúrios, sombras e penumbras que afloram o sentido de quem assiste e faz com que a platéia se envolva com a comovente história que nós é apresentada.


     A peça conta a história de  um filho que sai de casa para viver seu grande sonho, ao deixar sua casa ele deixa também um velho pai que vive numa cadeiras de rodas e depende a ajuda de uma severa governanta. Tudo muda com a saída do filho que foge não só em busca da sua verdadeira identidade mas também dos abusos que sofria pelo próprio pai, ainda na infância. Os personagens que tem suas vidas marcadas pela ambiguidade das relações humanas e a busca da identidade, são histórias gestuais sobre a diferença de opiniões, e sobre o desejo profundo de ser outra pessoa.





     Há vários momentos comoventes e muito bem executados no espetáculo - a trilha sonora, a iluminação e o cenário são sublimes - mas vou destacar dois que mais me chamaram a atenção: o balé da solidão do filho que tenta e não consegue um entendimento com o pai, e o do cinema, no qual se usa com maestria os recursos tecnológicos extra-teatrais.


     A companhia foi muito feliz na sua realização, e dá pra perceber o quanto de trabalho foi preciso para se chegar ao palco e levá-lo ao público.
   Isso sim da vontade de aplaudir de pé, por várias horas.



Assista aqui a um trecho da peça, vale muito a pena.