Fazer remakes não é mais novidade em Hollywood, filmes de terror principalmente estão sendo refeitos, não só dando uma nova cara para a história, mas também para apresentar para um novo público. Em "Carrie a estranha" não é diferente o filme aposta num elenco atual para contar a história da garota que sofre bullying na escola.
Carrie já é famosa no mundo todo, sua história foi o primeiro romance de sucesso de Stephen King, e nos cinemas foi o filme que botou Brian De Palma e John Travolta no mapa. Carrie – A Estranha, a história da menina vingativa que sofre ridicularizações na escola, filha de uma fanática religiosa, e portadora de habilidades telecinéticas, até hoje tem um apelo popular inegável.
No filme Chloë Grace Moretz (A Invenção de Hugo Cabret) é Carrie White, uma garota de uma cidade pequena que sofre bullying dos colegas de sala e é atormentada por uma mãe fanática religiosa interpretada por Julianne Moore. Fruto de uma gravidez indesejada pela mãe, considerada por esta um ato de pecado, Carrie tem seus desejos reprimidos e vive enclausurada em casa num “closet” embaixo da escada. Lá, é obrigada a rezar pelos pecados que ainda não cometeu.
Depois de sofre as mais variadas formas de bullying por seus colegas da escola, a personagem começa a descobrir seu dom de telecinésia, quando começa a mover e controlar objetos com a força da mente. Com essa descoberta, não resta muito tempo até que sua vingança contra todos ao seu redor que uma dia já a fizeram passar por situações constrangedoras comecem a pagar pelos seus atos .
O filme peca no roteiro que apresenta falhas, como na construção de todos os personagens apresentados desde a mãe que é uma fanática religiosa até seus amigos da escola que não passam para o público uma verdade cênica. O filme consegue ser, diante dessa excelente premissa, um exemplo de mal aproveitamento de um argumento.
O destaque da trama é mãe fanática religiosa, uma personagem que trabalha bem o lado dramático do longa a atriz mais uma vez rouba a cena e apresenta uma personagem que sofre por transtornos de cunho religioso.
O roteiro escrito à duas mãos por Lawrence D. Cohen e Roberto Aguirre-Sacasa não ajuda. O filme se arrasta durante tentativas de construir um bullying em cima da protagonista que não soam realistas. Carrie, de Chloë Moretz, não convence como uma garota frágil e indefesa.
O filme ainda peca ao mostrar mais do que devia, o diretor quis mostrar o que acontecia depois da trágica e clássica cena do baile, quando na verdade a história poderia ter sido encerrada ali mesmo. Sem ousadia e cenas que chamem muita a atenção "Carrie a estranha" é só mais um remake que pode facilmente passar batido.
Veja o trailer do filme:
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