Quem for assistir ao filme "O impossível" já vai preparado para chorar, o filme conta
o drama da família que é vítima do tsunami de 2004, que atingiu o Sudeste da Ásia, e mostra um casal e seus três filhos em uma viagem de férias à Tailândia. Lá, são pegos desprevenidos pelas ondas que invadem o hotel em que estão hospedados, na orla.
O filme mostra cenas impactantes e surpreendentemente "reais" das correntezas das águas levando tudo que encontra pela frente. O longa é o segundo na carreira do espanhol Juan Antonio Bayona, o primeiro foi o filme de horror com O Orfanato (El Orfanato, 2007). "O impossível" surpreende na maneira como ele constrói um clima de expectativa em relação ao que há por vir no início do filme, no grafismo como é mostrada a cena em que a personagem de Naomi Watts (que recebeu uma indicação para o Globo de Ouro de melhor atriz) se machuca gravemente na perna, no momento em que o menino Lucas (Tom Holland) procura a mãe no hospital.
A produção espanhola foge do estilo de filme-catástrofe de Hollywood. O filme conta a história real da espanhola María Belón, que passava o Natal com seu marido e três filhos pequenos na hora da tragédia, ela trabalhou por quatro anos e meio com o diretor, e foi presente em todo o processo das filmagens. Para que o tsunami parecesse real, o diretor optou por fazer cenas mais reais possíveis, como na sequência que dura dez minutos, as cenas foram rodadas num gigantesco tanque na Espanha, após um ano de longas discussões.
O filme choca com uma realidade enorme ao mostrar toda a plenitude da tragédia ocorrida no tsunami. Não tem medo de mostrar toda a dor física e emocional dos personagens e os atores realizam um trabalho excelente.
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