quarta-feira, 17 de abril de 2013

Centro Cultural São Paulo recebe a VIII Mostra Latino-Americana de Teatro de Grupo



     Entre os dias 16 e 21 de abril o Centro Cultural São Paulo vai receber a 8° Mostra Latino-Americana de Teatro de Grupo. Promovida desde 2006 a mostra tem como prioridade reunir grupos que prezem  pela cultura de coletividade e que tenha  se estabelecido em países da América Latina. 

    O projeto é realizado pela Cooperativa Paulista de Teatro e pelo Instituto Internacional de Teatro da Unesco no Brasil. O festival também promove oficinas, exposições e encontros com artistas e diretores da área teatral.

     A abertura desta 8ª edição da Mostra estará a cargo dos equatorianos do El Muégano Teatro com seu Karaokê, uma alegoria de uma cidade-estado desenhada sob os critérios da diversão, adequação e competição selvagem. Durante a semana também poderão ser vistos os cubanos do Argos Teatro que trazem o submundo de Havana com a peça Talco – Un drama de tocador, e os peruanos do Centro de Experimentación Escénica – CEXES, descendentes do Grupo Yuyachkani, com o espetáculo Halcon de Oro- Q´orihuama.

      Entre os brasileiros o grupo Nós do Morro do Rio de Janeiro vem com Bandeira de Retalhos, que trata da resistência da comunidade do Morro do Vidigal à tentativa do governo de expulsar a população área e o Grupo de Teatro Invertido de Belo Horizonte que estará na Mostra 2013 com o recém estreado Os ancestrais, escrito e dirigido por Grace Passô.

Os atores do Nós do Morro em "Bandeira de retalhos" em cartaz sábado às 21hs


Confira a programação da Mostra:


Dia 16/4 - terça

15h
Encontro do Instituto Internacional de Teatro (ITI-UNESCO)
Entrada franca - sem necessidade de retirada de ingressos
Espaço Missão

20h
Karaokê Orquestra Vacía (Equador/Guaiaquil)
grupo: El Muégano Teatro - texto e direção: Santiago Xavier Roldós Bucaram - elenco: Santiago Xavier Roldós Bucaram, Aída Alexandra Calderón Galvis, Marcia Fernanda, Cevallos Mata
Drama. (70min, 14 anos)
Karaoke Orquesta Vacía traz uma orquestra anacrônica, assediada por fantasmas, que saca as “sagradas notas do hino nacional, a família, a propriedade privada e o amor, num território vagamente definido”, uma cidade-estado desenhada sob os critérios da diversão, adequação e competição selvagem.
Entrada franca - retirada de apenas dois ingressos por pessoa, na bilheteria, a partir das 16h do dia do espetáculo
Sala Jardel Filho (121 lugares)

Dia 17/4 - quarta

11h
A folia no terreiro de seu Mané Pacaru (Brasil/São Paulo)
grupo: Mamulengo da Folia - concepção e atuação: Danilo Cavalcante - músicos: Rafa da Rabeca, Maria Rosa, Rabiola da Pandeiro
Comédia. (50min, livre)
Seu Mané Pacaru celebra o casamento de sua filha Marieta com o vaqueiro Benedito. Para o acontecimento, uma grande festa será realizada. Eis, no entanto, que um conflito surge: o “coisa ruim”, o “fut” – como é chamado o diabo – invade a festa, impedindo o casamento e obrigando Marieta a casar-se com ele.
Entrada franca - sem necessidade de retirada de ingressos
Jardim Eurico Prado Lopes (rampa de acesso ao Metrô)

14h
Demonstração de trabalho do El Muégano e do Mamulengo Folia (Equador/Guaiaquil e Brasil/São Paulo)
Entrada franca - sem necessidade de retirada de ingressos
Sala Adoniran Barbosa

21h
Coraje II (Porto Rico/San Juan)
grupo: Cia. Taller de Otra Cosa - concepção e atuação: Tereza Hernandez
Drama. (60min, 16 anos)
Coraje II explora o tema da violência urbana em um país sem uma guerra declarada, mas seus cidadãos vivem submersos na paranoia gerada pela indústria da segurança que produz uma cultura que encobre a memória reprimida de uma nação militarizada envolvida em múltiplas guerras.
Entrada franca - retirada de apenas dois ingressos por pessoa, na bilheteria, a partir das 16h do dia do espetáculo
Espaço Cênico Ademar Guerra (150 lugares)

21h
Flor de Macambira (Brasil/João Pessoa)
grupo: Coletivo Teatral Ser Tão Teatro - direção: Christina Streva - elenco: Gladson Galego, Isadora Feitosa, Cida Costa, Rafael Guedes, Thardelly Lima, Zé Guilherme, Pollyanna Barros
Comédia. (80min, 12 anos)
A peça é uma festa popular com música, comicidade e cor que conta a história da jovem Catirina, “a mais bela flor da Fazenda Macambira”, que, para salvar a si e a seu amado, mergulha nas profundezas de sua alma. Tipos do cotidiano brasileiro, como o Coronel sanguinário, o padre mercantilista, o banqueiro especulador e o marqueteiro enganador, são trazidos para o palco nesta trama do sertão brasileiro.
Entrada franca - retirada de apenas dois ingressos por pessoa, na bilheteria, a partir das 16h do dia do espetáculo
Sala Adoniran Barbosa (622 lugares)


Dia 18/4 - quinta

14h
Demonstração de trabalho da Cia Taller e Coletivo SerTão Teatro (Porto Rico/San Juan e Brasil/João Pessoa)
Entrada franca - sem necessidade de retirada de ingressos
Sala Adoniran Barbosa


21h
Os ancestrais (Brasil/Belo Horizonte)
grupo: Teatro Invertido - texto e direção: Grace Passô - elenco: Dimitrius Possidônio, Kelly Crifer, Janaína Morse, Leonardo Lessa e Rita Maia - boneco: Eduardo Félix/Pigmalião
Drama. (80min, 16 anos)
A montagem parte de uma situação fantástica para abordar temas como os laços familiares e a noção de propriedade da terra no Brasil. Sob a perspectiva da afetividade, a história trata das contradições dos relacionamentos, dos desejos que permeiam essa convivência. Sob a perspectiva social, reflete o fato de que no Brasil ainda não há uma política justa no que diz respeito à propriedade da terra, o fato de que a noção desse direito é resultado da história de um País colonizado, invadido e desigual.
Entrada franca - retirada de apenas dois ingressos por pessoa, na bilheteria, a partir das 16h do dia do espetáculo
Espaço Cênico Ademar Guerra (150 lugares)

21h
Halcon de oro – Q’Orihuama (Peru/Lima)
grupo: Centro de Experimentación Escénica – CEXES - direção: Ana Correa - elenco: Rodolfo Rodríguez e Alfredo Alarcón
Drama. (70min, 14 anos)
Levando a ação cênica para as fronteiras entre teatro, dança e pantomima, o grupo peruano se nutre de tudo o que possa estimular os sentidos e gerar sensações no espectador. Rodolfo Rodríguez e Alfredo Alarcón apresentam a história de um ex-combatente, recluso no manicômio em tempos sombrios. Sua relação com um sacerdote andino o levará, no entanto, a caminho de novas provações, a fim se curar.
Entrada franca - retirada de apenas dois ingressos por pessoa, na bilheteria, a partir das 16h do dia do espetáculo
Sala Jardel Filho (221 lugares)


Dia 19/4 - sexta


14h
Demonstração de trabalho do Teatro Invertido e do CEXES(Brasil/Belo Horizonte e Peru/Lima)
Entrada franca - sem necessidade de retirada de ingressos
Sala Adoniran Barbosa

21h
Cara de cuero (Chile/Santiago)
grupo: Compañía Teatro Rabia - texto: Helmut Krausser - direção e técnica: Rodrigo Molina Meza - elenco: Mirta Traslaviña Acosta e Herman Heyne
Drama. (60min, 16 anos)
No texto do alemão Helmut Krausser, baseado em histórias reais, em 1987, a polícia de Munique matou a tiros, e por engano, Werner Bloy, a quem Krausser dedica sua obra. Cara de Cuero é uma reflexão sobre a violência, o Estado, o papel da polícia na sociedade atual, utilizando como referência o personagem homônimo do filme The Texas Chainsaw Massacre (1974), de Tobe Hooper. A peça leva o espectador noite adentro, acompanhado por Cara de Cuero e sua amiga-amante. Ambos se convertem no centro de um equivocado cerco policial, do qual a saída somente será conhecida ao amanhecer.
Entrada franca - retirada de apenas dois ingressos por pessoa, na bilheteria, a partir das 16h do dia do espetáculo
Espaço Cênico Ademar Guerra (200 lugares)

21h
Alonso y Aguirre ¡perdidos en el Inframundo! (Argentina/Buenos Aires)
grupo: Compañía Nacional de Fósforos
(60 min, 12 anos)
A peça decorre sob o tempo histórico de Carlos V, mandatário do enorme império romano-germânico, no século dezesseis. Nessa época têm início as explorações de Alonso e Aguirre, “dois heróis formidáveis ou dois imbecis”, responsáveis por lançar um novo olhar – às vezes absurdo – sobre a conquista da América, também passada pelo crivo hollywoodiano. Estreado em Lima, em 2010, o espetáculo é uma incursão nos pântanos da História, da identidade e da memória que retorna sempre para enredar-se sobre si mesma.
Entrada franca - retirada de apenas dois ingressos por pessoa, na bilheteria, a partir das 16h do dia do espetáculo
Sala Jardel Filho (221 lugares)

Dia 20/4 - sábado

14h
Demonstração de trabalho do Compañía Teatro Rabia e Compañía Nacional de Fósforos (Chile/Santiago e Argentina)
Entrada franca - sem necessidade de retirada de ingressos
Sala Adoniran Barbosa

21h
Talco - un drama de tocador (Cuba/Havana)
grupo: Argos Teatro - texto: Abel González Melo - direção: Carlos Celdrán - elenco: Waldo Franco, José Luis Hidalgo, Alexander Díaz, Rachel Pastor
Drama. (75min, 16 anos)
A peça é vencedora do Primeiro Prêmio Cubano-Alemão de Peças Teatrais 2009. Em um velho cinema de Havana, os personagens Javi, Mashenka, Zuleydi e Álvaro se encontram para recriar um universo fechado, de relações marcadas pela marginalidade e por interesses diversos. Um submundo de violência que jaz, muitas vezes, oculto, mas presente na realidade atual.
Entrada franca - retirada de apenas dois ingressos por pessoa, na bilheteria, a partir das 16h do dia do espetáculo
Espaço Cênico Ademar Guerra (200 lugares)


21h
Bandeira de retalhos (Brasil/Rio de Janeiro)
grupo: Nós do Morro - texto: Sérgio Ricardo - direção: Guti Fraga e Fátima Domingues - Luiz Paulo Correa e Castro - elenco: Alexandre Cipriano, Alexis Abraham, Cida Costa, Cláudio Tozer, Danilo Batista, Edson Oliveira, Flavio Mariano, Francisca Damião, Jackie Brown, João Gurgel, Kizi Vaz, Lorena Baesso, Luiz Henrique Delfino, Luzinete Barbosa, Marcelo Mello, Maga Cavalcante, Marília Coelho, Priscilla Marinho, Renan Monteiro, Rosangela Gonçalves, Sandro Matos
Drama. (80min, 14 anos)
A peça ficciona um episódio histórico de 1977, quando o governo tentou expulsar parte dos moradores do Vidigal. Eles resistiram e, com o apoio da população, de setores da igreja católica e da imprensa, mudaram a demografia do Rio de Janeiro. Originalmente este é um roteiro cinematográfico, escrito em 1979, e o texto é inspirado na própria experiência do autor, que se mudou para o Vidigal em meados daquela década.
Entrada franca - retirada de apenas dois ingressos por pessoa, na bilheteria, a partir das 16h do dia do espetáculo
Sala Jardel Filho (221 lugares)

Dia 21/4 - domingo


14h
Demonstração de trabalho do Argos Teatro e do Nós do Morro (Cuba/Havana e Brasil/Rio de Janeiro)
Entrada franca - sem necessidade de retirada de ingressos
Sala Adoniran Barbosa

18h
Salmo 91
grupo: ATeliê VoadOR Companhia de Teatro (Brasil/Salvador) - texto: Dib Carneiro Neto - direção: Djalma Thürler - elenco: Fábio Vidal, Rafael Medrado, Duda Woyda, Lucas Lacerda, Lúcio Tranchesi
Drama. (120min, 16 anos)
Segunda montagem brasileira do texto do dramaturgo Dib Carneiro Neto, que venceu o Prêmio Shell 2008, Salmo 91 conta a história de dez detentos sob o pano de fundo do massacre no presídio Carandiru, onde 111 presos foram mortos pela polícia militar, em 1992. A peça não é um relato realista do massacre e foca na perspectiva do preso sobre a vida marginal.
Entrada franca - retirada de apenas dois ingressos por pessoa, na bilheteria, a partir das 16h do dia do espetáculo
Sala Jardel Filho (221 lugares)


20h (imediatamente após o espetáculo)
Demonstração de trabalho do ATeliê VoadOR Companhia de Teatro (Brasil/Salvador)
Entrada franca - sem necessidade de retirada de ingressos
Sala Adoniran Barbosa


Mais informações no CCSP:
Rua Vergueiro 1000 - CEP 01504-000 tel 3397 4002 - Paraíso São Paulo - SP
ccsp@prefeitura.sp.gov.br

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